sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ronaldo descarta desistir agora, mas afirma que fim da carreira está próximo


‘Não vou deixar que me parem. Eu vou parar antes’, declarou o atacante do Corinthians um dia depois da eliminação na Libertadores

Ronaldo em entrevista coletiva nesta quinta De contrato assinado com o Corinthians até dezembro de 2010 e um acordo verbal de renovação para 2011, Ronaldo já não sabe mais se chega tão longe. Um dia após a precoce eliminação para o Flamengo, na Taça Libertadores, o atacante rechaçou a chance de encerrar a carreira antes do fim do ano, mas o capítulo final está próximo.

- Ainda não fiz um planejamento para isso, mas está cada vez mais próximo, porque é inevitável. Vou ter de parar um dia e não vou deixar que parem comigo. Eu vou parar antes. Quando eu sentir que não dá mais, que não me divirto mais, vai ser a hora de encerrar. Por enquanto ainda me divirto - falou o camisa 9 do Timão.

Em relação ao primeiro semestre do ano passado, porém, o Fenômeno não está se divertindo tanto. Com extrema dificuldade de conseguir chegar à forma ideal, Ronaldo tem tido atuações apáticas em vários jogos. Pode se dizer até que apenas no primeiro tempo da vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo é que ele foi Ronaldo nesta temporada.

- Eu vou cumprir o meu compromisso com o Corinthians. Até porque a cada dia que passa eu sou mais apaixonado por esse clube. Meu amor pelo Corinthians aumenta a cada manifestação da torcida, seja com títulos, cobranças ou derrotas. Estou bastante identificado com o clube - discursou o atacante, medindo bem as suas palavras.

O que continua irritando o camisa 9, segundo ele, são as cobranças por parte da imprensa. Para o atacante, há exagero quando ele está em pauta.

- A cobrança é válida, motivadora, mas por parte da imprensa é muito pessoal. E quando envolve coisas pessoais, não é justo comigo e nem com ninguém - falou.

Até aqui na temporada, Ronaldo participou de 16 dos 29 jogos do Corinthians, marcando apenas cinco gols. Bem abaixo dos dez anotados nas 16 primeiras partidas do ano passado, quando o Timão conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil.

Ronaldo se emociona em entrevista e pede respeito com carreira após chacotas

Atacante cita admiração dos americanos aos ídolos e diz que brasileiros estão atrasados depois de provocações no Rio de Janeiro

Ronaldo durante sua entrevista coletiva Um dia depois da eliminação diante do Flamengo na Taça Libertadores, Ronaldo voltou a mostrar suas “costas largas” para proteger o elenco. Mas, além de sair em defesa de todos no Timão após o fracasso no principal objetivo da temporada, o Fenômeno usou a entrevista coletiva desta quinta-feira, no Parque São Jorge, para desabafar. Criticado pela forma física e pela baixa produtividade em 2010, o camisa 9 quase foi às lágrimas ao se defender e pedir respeito por tudo o que já construiu na carreira.

- É muito fácil falar de comprometimento. Eu estava vendo essa semana com o Valmir (Cruz, preparador físico). Estou entre os dez que mais treinaram esse ano, com a maior média de carga horária e distância percorrida dos treinos. Muitas vezes, esses dados não são passados ao torcedor porque ele não quer saber isso. O torcedor quer saber de futebol jogado, com vitórias e derrotas. Eu tenho 33 anos, tenho oito operações no corpo e muitas dores. Mas o povo está comigo. O corintiano está comigo – disse, com os olhos marejados.

Pela primeira vez, Ronaldo rebateu as provocações relacionadas ao escândalo em que se envolveu com travestis, em 2008, no Rio de Janeiro. Na semana passada, torcedores do Flamengo levaram transexuais ao Maracanã para provocá-lo. Durante a partida, os rubro-negros entoaram vários cânticos citando o assunto. O Fenômeno cobrou respeito aos títulos e realizações que obteve na carreira.

- Estamos muito atrasados no nosso comportamento, até mesmo com as chacotas, que podem ser engraçadas, mas são muito ofensivas. Tenho muita admiração pelos Estados Unidos por isso. O ídolo é realmente um ídolo, quase intocável. Eles falam do Jordan como se fosse um Deus. Não pretendo isso para mim, mas, sim, respeito pela carreira – acrescentou.

- A carreira de um jogador, na maioria das vezes, é sofrida. Enquanto seus amigos têm um final de semana, feriado, você está jogando ou treinando. No meu caso, desde os 18 anos não sei o que é um feriado prolongado, um final de semana. No início você pensa em dinheiro. Depois, isso vem em segundo plano e você pensa só no sonho de criança de jogar futebol. Por isso, acho que estamos atrasados. É preciso ter respeito com o profissional. Temos que evoluir. Não podemos parar no tempo – completou.

Fonte: Globo Esporte

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25 de janeiro de 2012

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