O departamento de marketing do Corinthians ganhou mais um motivo para se gabar. De acordo com um levantamento realizado pela empresa de consultoria esportiva Sport+Markt, o clube paulista tem o quarto maior patrocínio de camisa do mundo, atrás apenas dos ingleses Manchester United e Liverpool e do espanhol Real Madrid.
Em breve, o Corinthians perderá espaço para mais um clube. O Barcelona quebrou a tradição de não fazer propaganda em seu uniforme e receberá € 150 milhões (quase R$ 340 milhões) para estampar a marca da Qatar Foundation por cinco temporadas. O contrato passará a vale a partir do meio do ano, transformando o time catalão no detentor do maior patrocínio mundial.
A diferença do Corinthians para os concorrentes europeus, no entanto, é a quantidade de propaganda no uniforme. Para se igualar em arrecadação aos grandes clubes da Europa, que geralmente divulgam apenas uma empresa, o clube brasileiro permite que a Hypermarcas faça anúncios do laboratório Neo Química, da marca de cosméticos Bozzano e do desodorante Avanço em sua camisa. Ainda há lugar para publicidades do Banco PanAmericano e da empresa de telefonia celular TIM. E o atacante Ronaldo tem direito a participação nos lucros.
No final do ano passado, o presidente Andrés Sanchez declarou que pretendia acabar com a poluição visual no uniforme do Corinthians no futuro. "Você pode ter certeza de que, nos próximos anos, o Corinthians jogará sem patrocínio nenhum. Só teremos anunciantes filantrópicos: uma AACD da vida, um GRAAC da vida, alguma coisa assim... Aumentaremos tanto as nossas receitas vindas de outras maneiras que não será mais necessário o patrocínio na camisa", afirmou, em entrevista concedida à época do aniversário de 100 anos do clube.
Nesta sexta-feira, no entanto, Sanchez mostrava-se orgulhoso do uniforme repleto de patrocínios enquanto acompanhava o treinamento do Corinthians: "Agora, todo mundo está nos copiando. Descobriram que existe espaço até na omoplata para enfiar patrocínio".
De fato, segundo o estudo da Sport+Markt, o Brasil avançou bastante na área. O País tem o maior faturamento com patrocínios de camisas das Américas: € 104,6 milhões, contra € 128 milhões dos clubes ingleses e € 118 milhões dos alemães.
"O mercado brasileiro já é uma plataforma efetiva para patrocinadores e as previsões são ainda mais positivas. Com a volta de algumas grandes estrelas internacionais do futebol e com o crescimento de jovens talentos nacionais, a Série A estará, em breve, mais próxima da Premier League inglesa e da Bundesliga alemã. Ainda teremos a Copa do Mundo em 2014 que trará mais exposição internacional para o mercado", afirmou César Gualdani, representante da Sport+Markt.
Fonte: GAZETAESPORTIVA.NET
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